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domingo, 30 de junho de 2013

Operação Pasárgada - Missão 005: Chegam os hóspedes


Ano 1 - Dia 110

É chegada a hora de o hotel espacial da estação Pasárgada receber os seus primeiros hóspedes. Os felizardos são o empresário milionário Sinfrônio Kosta e sua sétima esposa, Jordana. Sinfrônio pagou uma quantia, digamos, astronômica para passar a lua de mel a bordo da estação espacial, para a alegria do doutor Kerbraga, que fez questão de arrancar mais alguns trocados do ricaço prometendo que o piloto da missão seria ninguém menos que Severino Kerreira, o primeiro kerbrasileiro no espaço e a pisar em Mun.


Devemos aproveitar que Severino e o casal acabaram de atingir a órbita em torno de Kerbin a bordo do Avexado II para uma explicação a respeito da convenção de nomeação das naves no programa espacial kerbrasileiro.

Pois bem. Os foguetes são nomeados de acordo com o modelo, e cada nave não tem um nome específico. Por exemplo, todos os foguetes do mesmo modelo do Corisco I se chamam Corisco I, independente se foram feitos com partes reaproveitadas do primeiro foguete daquela linha ou não.


Para exemplificar, o pessoal do centro espacial fez a gentileza de alinhar alguns foguetes. Na imagem acima vemos um foguete do modelo Corisco I, outro do modelo Corisco II, e um Corisco III. A numeração tem a ver com a evolução do design, sendo que todos os foguetes de cada modelo têm o mesmo nome.

Já no que diz respeito às naves tripuladas, a convenção é outra. Cada modelo recebe um nome, mas a numeração se refere à nave e não ao modelo. Voltemos ao Avexado II, que se aproxima de Pasárgada para a acoplagem.


O Avexado II é uma nave idêntica ao Avexado I, que já se encontra acoplado à estação. "Avexado" é o nome do modelo, e o número se refere à nave.


Notem as quatro naves diferentes acopladas à estação. Na parte superior temos o Saci I, que não apenas é do mesmo modelo usado por Severino em seu primeiro vôo, como também é a mesma nave. À esquerda temos o Arretado I, que é a nave que levou Severino e sua tripulação até a órbita munar. E na parte de baixo temos o Avexado I, à esquerda, e o Avexado II, à direita.

sábado, 29 de junho de 2013

KerbrasNet - Missão 004: O vôo do Visionário


Ano 1 - Dia 97

Enquanto os tripulantes da Pasárgada testam o sistema de suporte vital da estação espacial - uma medida importante antes da chegada dos primeiros hóspedes - o centro de controle remoto se prepara para o lançamento de mais um satélite.


Mas esse não é um satélite qualquer. Trata-se do Visionário I, um telescópio mais potente e preciso do que o que foi instalado a bordo do Kerbuleco III. O foguete que o levará ao espaço será o já testado modelo "Flecha II", com o último estágio atômico.


O primeiro estágio se desconecta e o Flecha II acelera rumo aos limites da atmosfera de Kerbin.


Já em órbita, o segundo estágio se separa e retorna ao planeta. O casulo protetor se abre, revelando os instrumentos do telescópio. O Visionário I não irá se separar do foguete como os outros satélites, e o casulo só servia para proteger a parte mais delicada do equipamento.


O motor atômico é ligado e o Visionário I se prepara para deixar a órbita de Kerbin.


Em uma trajetória de escape que o levará para fora da esfera de influência do planeta, o Visionário I se despede de Kerbin. O plano é que o telescópio fique em uma órbita independente em torno do sol.


As primeiras imagens do telescópio começam a chegar. Pela primeira vez um equipamento kerbrasileiro consegue uma imagem de Jool, o maior planeta do sistema kerbolar, notável por suas variadas luas. Essa primeira imagem já se equipara às melhores fotografias conseguidas do planeta.


Mas o telescópio do Visionário é ainda mais potente do que isso, e seu poder só é limitado pela estabilidade e capacidade de "mira" da nave. Uma outra imagem de Jool dá uma amostra do poder do telescópio, mostrando mais nitidamente os padrões atmosféricos do gigante gasoso.


Mas o interesse dos astrônomos é a lua mais próxima do planeta, batizada séculos antes pelo famoso Kerbalileu de"Laythe". As imagens mais nítidas produzidas até hoje captavam um ponto azul liso, o que deu origem a teorias de uma lua coberta por um oceano de água mantida em estado líquido pelo núcleo derretido da lua, que por sua vez era mantido aquecido pela influência gravitacional de Jool. O doutor Kerbraga, é claro, achava isso um absurdo.


Mas a imagem seguinte não deixa dúvidas: Laythe é coberto por um oceano, e inclusive tem ilhas! A possibilidade de uma atmosfera respirável desperta especulações sobre a existência de vida extraterrestre, e coloca os engenheiros do centro espacial discutindo a possibilidade de futuras missões tripuladas e até de colonização da distante lua oceânica.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Operação Pasárgada - Missão 004: O resgate do Arretado I


Ano 1 - Dia 93

A fantástica Estação Orbital de Pesquisas/Hotel Espacial de Luxo Pasárgada está em órbita, e pronta para receber a sua tripulação.


 Para enviar os três primeiros tripulantes a equipe do centro espacial desenvolveu o Avexado I, uma nave projetada especificamente para a viagem de Kerbin até Pasárgada e de Pasárgada para Kerbin. Ela é carregada pelo foguete Lata I, um modelo barato e eficiente com dois estágios.


Aqui vocês podem conferir o primeiro estágio sendo ejetado. A bordo do Avexado I encontram-se três kerbonautas. O primeiro deles é Teodorico Kerreira, que retorna ao espaço como engenheiro-chefe da estação espacial.O segundo é o doutor Aristides Keralves, oficial de ciências médicas que irá cuidar do bem estar dos tripulantes e hóspedes da Pasárgada, e fará pesquisas sobre os efeitos da gravidade zero nos kerbals. Por último vem o Tom Kerbatista, contratado pela Fundação Práxis para chefiar o hotel orbital. Na prática ele será uma mistura de gerente, recepcionista, camareira e cozinheiro.


Já em órbita, o Avexado I se desliga do foguete, que irá retornar à atmosfera para cair no oceano. O Avexado I não está indo de encontro a Pasárgada, porque tem uma "parada" no caminho: o Arretado I. Pra quem não lembra, o módulo de comando da nave usada na missão que levou Severino e seus colegas a Mun ficou em órbita de Kerbin a 80 km de altitude, com uma boa quantidade de combustível ainda a bordo.

 

O Avexado I se aproxima do Arretado e prepara-se para acoplar com a nave. A manobra aconteceu na face noturna, e o Arretado I estava com as baterias arriadas no momento. Notem que, assim que as duas naves são acopladas, as luzes do Arretado se acendem, energizadas pelas baterias do Avexado I.


Após uma verificação do estado do módulo de comando, feita pelo seu antigo piloto Teodorico, a tripulação passa para o Arretado I e se prepara para a manobra de interceptação da estação espacial. Como os motores nucleares do Arretado são mais eficientes, ele irá empurrar o Avexado I até o seu destino final.


A manobra acaba sendo rápida e gastando pouco combustível, devido à posição da estação espacial em relação ao Arretado I. Isso é bom, porque embora Pasárgada tenha uma reserva de combustível para reabastecer as naves, é importante economizar.


Com Teodorico cuidando do Arretado e o Tom pilotando o Avexado, as naves se desconectam e preparam-se para acoplar em Pasárgada.


Nesta imagem vocês podem conferir o Arretado "estacionando" ao lado do Avexado I, já acoplado. O plano é que, enquanto o Avexado I cuidará das viagens entre Kerbin e Pasárgada, o Arretado I poderá ser útil para viagens entre as órbitas de Kerbin e suas luas, futuramente.


Missão cumprida! Enquanto a nova tripulação se familiariza com as instalações, Pasárgada recarrega as baterias ao sol. Cada tripulante irá cumprir um "turno" de 100 dias, que é o tempo limite determinado pelo doutor Aristides em que um kerbal pode ficar em gravidade zero sem danos significativos à sua saúde.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Operação Pasárgada - Missão 003: Construindo Pasárgada


Ano 1 - Dia 91

É um momento dramático para a exploração espacial kerbrasileira. A crise econômica mundial ameaça afetar o país e o governo já fala de cortes de gastos, colocando a empreitada do doutor Kerbraga a perigo.

Mas o doutor Kerbraga tem um sonho: colocar em órbita a primeira estação espacial kerbrasileira, chamada Pasárgada. E para realizar o seu sonho ele está disposto a fazer concessões, como vender metade da futura estação para o setor privado. Com os investimentos de uma grande empresa chamada Fundação Praxis, que planeja usar a sua metade da estação como um hotel de luxo para turistas espaciais, o doutor consegue colcoar seus planos em prática.


A estação foi construída em módulos, que precisam ser encaixados uns nos outros em órbita. Além disso, um novo foguete, feito de materiais mais baratos, foi projetado para carregar as partes da estação. O foguete, batizado de Corisco III, é maior e mais potente que as versões anteriores, mas não tem nem pintura.


O primeiro módulo a ser lançado é o núcleo central da estação. Junto com ele foram os dois módulos de atracamento de naves, que são tão leves que nem mereciam um lançamento só pra eles. Os módulos são esses dois estranhos tubos dos lados do foguete.


Já fora da atmosfera, como sempre, o casulo é aberto e os painéis solares do foguete são estendidos.


No centro de controle remoto, a equipe do doutor Kerbraga comanda os módulos de atracamento para acoplá-los ao núcleo da estação, já liberado do foguete, que retorna à atmosfera.O alinhamento dos módulos deixa muito a desejar, no entanto.


 Após mais algumas tentativas, a equipe consegue encaixar as partes na posição correta. O núcleo é basicamente uma peça estrutural, com algumas baterias, pequenos painéis fotovoltaicos. O elemento mais importante dessa parte da estação são os tanques de oxigênio e o sistema de reciclagem atmosférica a base de algas.






O segundo foguete é lançado do centro espacial, carregando o módulo de comando. É um lançamento noturno, e infelizmente o Corisco III foi econômico também no quesito iluminação.


 Fora da atmosfera, o casulo protetor é ejetado, e o módulo de comando é revelado. Ele inclui, além de uma cabine (por enquanto não tripulada), um tanque de combustível e outro de monopropelente.


O Corisco II carrega sua carga rumo à estação.


Algumas correções de curso são necessárias para garantir o encontro com o núcleo, na órbita de 100 km de altitude.


O módulo de comando se destaca do foguete e prepara-se para se unir à estação.


Com o módulo acoplado, a estação começa a ganhar a sua forma final.


Enquanto isso, o Corisco II desacelera e retorna à atmosfera, caindo em direção ao oceano.


Com uma cabine pronta, a estação pode receber o seu primeiro ocupante. O kerbonauta escolhido para chefiar Pasárgada é ninguém menos que o Coronel Reinaldo Kersouza, que ficou se roendo de inveja dos kerbonautas que participaram da missão em Mun e foram recebidos com muita festa, fama, convites para talk-shows e contratos para filmes biográficos. O Coronel Reinaldo enfrentou sua covardia seus problemas gástricos, e viajou até a órbita de Kerbin a bordo da Saci I.


A Saci I, pilotada pelo Coronel Reinaldo, se aproxima de Pasárgada.





Já com a pequena nave acoplada à estação, Reinaldo inspeciona o estado dos módulos e adentra a cabine de comando.


Enquanto isso, um outro foguete Corisco III é lançado, carregando um dos dois "braços" da estação.


Como nos outros lançamentos, o casulo protetor é ejetado assim que o foguete ultrapassa os limites da atmosfera de Kerbin.


Dessa vez o lançamento foi perfeitamente sincronizado com a órbita de Pasárgada, e o Corisco III se aproxima da estação com algumas poucas manobras. 


O módulo, que contém um laboratório de pesquisas em gravidade zero e as acomodações da futura tripulação, se desprende do foguete e se alinha à estação, tudo sob controle remoto.


Com o "braço" acoplado, falta apenas mais um módulo para completar Pasárgada.


Um quarto foguete Corisco III traz o outro "braço", que contém o Hotel Orbital Praxis. A campanha publicitária da empresa se gaba de que "os outros hotéis tem até cinco estrelas, mas o nosso tem muito mais".

 
Finalmente a estação está completa.


Pasárgada abre os seus grandes painéis solares e se prepara para receber a sua tripulação. Em Kerbin, o doutor Kerbraga tenta sem sucesso conter uma lágrima de emoção, ao ver o seu sonho realizado.