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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Projeto Minmus - Missão 011: Perigo em Minmus!


Ano 2 - Dia 141


 Severino contempla a magnífica base Arcádia, suprema criação kerbrasileira na superfície da lua distante Minmus, e pensa: "Que desperdício!" O fato é que após todo o investimento em uma estação de extração de ketano na pequena lua, acreditando que o futuro da exploração interplanetária estaria na extração do fabuloso gás esverdeado, acabou que a primeira missão tripulada para outro planeta nem precisou passar por aqui para abastecer. É a típica falta de planejamento kerbrasileira...


Cansado de ficar parado e desesperado pra esticar as perninhas, Severino decide sair pra explorar a bordo do Pinote I, o veículo de baixa gravidade movido a monopropelente.


Severino decide passear pela região ao sul da base, já que suas últimas viagens foram até a parte norte. Ele ganha altitude e começa a acelerar.


A alguns quilômetros de altura ele começa a relaxar e a curtir a vista. Mal sabe ele que sua vida está prestes a ficar muito complicada, sem dizer potencialmente curta.


É quando ele ativa os propulsores novamente para reduzir a velocidade da descida que as coisas dão muito errado. Uma explosão abala o Pinote I e coloca o veículo a girar descontroladamente.


Com aquela calma insana que vem com a falta completa de noção do perigo característica de Severino, ele estabiliza o Pinote I e sai para examinar os danos. A nave começa a acelerar em direção ao solo, e restam apenas um ou dois minutos até o impacto. Mesmo na baixa gravidade de Minmus, uma queda de dois km de altura é algo a ser evitado.


Com um quarto da nave destruída, Severino se convence de que seria impossível voar o Pinote I, já que os propulsores que sobraram só conseguiriam colocar a nave em um giro desengonçado. A solução? Abandonar a nave!


Uma manobra como essa só seria possível em uma lua como Minmus. Enquanto o Pinote se estabacava à distãncia, Severino usava os jatos do seu traje espacial para reduzir a velocidade. O kerbonauta estava convencido de que poderia até entrar em órbita usando apenas os propulsores do traje, mas decidiu que seria mais fácil voltar pra base se pousasse.


Alguns segundos depois o kerbrasileiro pousa suavemente no "mar" de sal de Minmus.


Levemente aliviado e muito feliz com a própria perspicácia, o intrépido explorador espacial nem pensa que o acidente provavelmente foi causado pelas mesmas peças defeituosas que já causaram tanto prejuízo ao programa espacial kerbrasileiro.


Enquanto isso, na base, o Marcos Kerbelo responde ao S.O.S. de Severino e rapidamente embarca no Porreta I para buscar o colega "naufragado".


Para o módulo de pouso, que rotineiramente visita a órbita de Minmus, um salto até a região adjacente é isso mesmo: um pulinho.


Basicamente, a nave acelera em uma trajetória parabólica e depois reduz a velocidade enquanto desce em direção à planície.


Silenciosamente, uma vez que o som não se propaga no vácuo, o Porreta I desce a poucos metros de distância da posição de Severino. Distraído, o kerbonauta está de costas para a nave e nem vê a chegada do colega.


Marcos precisa chamar o kerbonauta pelo rádio para avisá-lo da sua chegada, e logo Severino corre alegremente em direção ao módulo.


Em pouco tempo a dupla retorna ao seu "lar" dos últimos meses, a magnífica, única e completamente desperdiçada Arcádia.


Apesar da falta de noção de Severino, o seu colega não pensa em deixar o acidente passar em branco, e enquanto a nave pousa já pensa em cobrar dos seus superiores em Kerbin algumas explicações.

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